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Mt 28, 16-20

16Os onze discípulos foram para a Galiléia, para a montanha que Jesus lhes tinha designado.

17Quando o viram, adoraram-no; entretanto, alguns hesitavam ainda.

18Mas Jesus, aproximando-se, lhes disse: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra.

19Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

20Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.


Homilia na solenidade da Santíssima Trindade

HOMILIA NA SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE

 

            Queridos irmãos e irmãs e também todos que nos acompanham neste momento por meio da transmissão. Hoje, com a Solenidade da Santíssima Trindade, damos continuidade àquele tempo que chamamos de tempo comum. Na verdade, já retomamos esse tempo na segunda-feira depois de Pentecostes e, de forma solene, lembramos este mistério, o mistério trinitário. Ainda teremos a possibilidade de celebrar outra solenidade daqui alguns dias, próxima quinta-feira, Corpus Christi e, por fim, também muito próximo desta solenidade, o que se destaca por causa desse Santuário, a grande Solenidade do Sagrado Coração de Jesus.

            São três solenidades que estão situadas depois do tempo da Páscoa, e nos revelam o modo como a nossa fé está fundamentada. Em primeiro lugar, fé trinitária, fé na Trindade, depois, a grande consistência que está em voltar o nosso coração para o mistério da Santa Eucaristia, e ainda, quando somos convidados a contemplar o coração aberto de Cristo pela humanidade, pois quando saiu sangue e água houve o nascimento da Igreja.

            Contemplemos este mistério da Santíssima Trindade hoje, de forma a nos deixarmos mover por este mistério. Qualquer alocução, qualquer palavra que usemos para nos referirmos a tal mistério, torna-se muito fragilizada e pequena diante da grandiosidade de Deus que se revelou na história.

O mistério que foi revelado, o mistério trinitário, não é algo escondido. Deus se revelou, e essa revelação se dá quando visivelmente Deus esteve na terra em Jesus Cristo, nosso Senhor. Ele mesmo, algumas vezes, se referiu à imagem do Pai: quem me vê, vê o Pai. Ele mesmo, o próprio Cristo, prometeu enviar o Espírito Santo, por isso este mistério acontece também na encarnação que se dá do próprio Filho de Deus.

            Mas o mistério trinitário está presente desde o momento em que a humanidade é convidada a crer num único Deus. Somos uma religião e cremos num único Deus, somos monoteístas, em oposição aos politeístas que creem em vários deuses. Por isso, estamos alicerçados desde o momento em que Deus se revelou a Abraão, como aquele que é o único Deus, revelação tão importante que a partir de então, começamos a crer que realmente há um só Deus, que para nós, cristãos, se revela no Pai, no Filho, e no Espírito Santo.

            Ao Pai, muitas vezes atribuímos à obra da criação, não que não estejamos também contemplando a criação na imagem do Filho e do Espírito Santo. Mas, atribuímos que a obra da redenção acontece pelo Filho em Jesus Cristo, e a obra da santificação é força do Espírito Santo, que celebramos no domingo passado.

Assim, somos convidados a acolher este grande mistério trinitário que, acolhido no nosso coração se transforma numa vida que, de fato, volta-se para Deus. Com certeza, em muitas famílias, os sinais que passamos, ou nos foi passado, encontra-se no sinal da Santíssima Trindade. Quando invocamos Deus como Pai, como Filho e como Espírito Santo, um só Deus em três pessoas distintas somos convidados a acolher este mistério.

            Por isso, gostaria de concluir hoje, referindo-me a este precioso texto do santo evangelho, como parte principal da nossa reflexão. Chegou o momento do Senhor partir para o céu e diante daqueles que estavam, os 11 reunidos e alguns com a dúvida ainda, embora já tivessem grandes revelações da presença do ressuscitado, eis que Jesus se aproxima, e é esta imagem que podemos guardar neste domingo, Ele aproxima-se dos discípulos, aproxima-se da humanidade, e diz o seguinte: toda autoridade me foi dada no céu e na terra, em seguida envia os discípulos, ide, e fazei discípulos meus todos os povos, e inaugura o batismo trinitário. O batismo que um dia recebemos, o batismo que nos identifica ao próprio mistério trinitário foi graças ao mandato de Jesus.

            O mistério já estava plenamente revelado, agora, era necessário que os discípulos fossem imbuídos nesta missão, ainda mais, ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei.

Vamos agora às últimas palavras do evangelho de Mateus, esse precioso evangelho com 28 capítulos escritos, e o último dos evangelhos sinóticos a ser escrito. Eis que de Jesus e da boca de Dele encontramos estas palavras, as últimas: eis que estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo.

Não há certeza maior do que esta, o Senhor se revelou em Jesus Cristo, deixou-nos o Espírito Santo, e agora nos dá a certeza de que não nos abandona. Embora estejamos em um tempo de inúmeras provações, não desanimemos, caminhemos com o Cristo, caminhemos com mistério trinitário, caminhemos rumo à eternidade, já na certeza de termos diante dos nossos olhos esse mistério trinitário plenamente revelado.

            Glorifiquemos o nosso Deus, e tenhamos no nosso coração este mistério. Digamos juntos: Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre, amém.

Escrito por: Pe. Maurício