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Jo 19,31-37

31Os judeus temeram que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque já era a Preparação e esse sábado era particularmente solene. Rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.

32Vieram os soldados e quebraram as pernas do primeiro e do outro, que com ele foram crucificados.

33Chegando, porém, a Jesus, como o vissem já morto, não lhe quebraram as pernas,

34mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água.

35O que foi testemunha desse fato o atesta (e o seu testemunho é digno de fé, e ele sabe que diz a verdade), a fim de que vós creiais.

36Assim se cumpriu a Escritura: Nenhum dos seus ossos será quebrado (Ex 12,46).

37E diz em outra parte a Escritura: Olharão para aquele que transpassaram (Zc 12,10).


Homilia na solenidade do Sagrado Coração de Jesus

Queridos irmãos e irmãs que nos acompanham neste momento, estamos celebrando de modo festivo esses dias em honra ao Sagrado Coração de Jesus.

Desde sexta-feira temos a oportunidade de celebrar neste Santuário esta Solenidade, e especialmente neste domingo, como dia consagrado ao Senhor e, como momento sublime, de estarmos na presença de Jesus na Santa Eucaristia.  

Acabamos de ouvir o trecho do evangelho de São João e meditemos um pouco sobre o mistério que aconteceu naquele instante em que o próprio Cristo do seu coração fez brotar sangue e água.

            É comum encontrarmos referências da Igreja deste momento como nascimento oficial dos Sacramentos como sinais permanentes entre nós. Destes dois Sacramentos, Batismo e a Eucaristia, originam-se outros sinais da presença de Deus. Pelo Batismo nos tornamos cristãos seguidores de Jesus, tomamos a condição de filhos de Deus e, por meio da Eucaristia, encontramos o alimento necessário para toda nossa peregrinação terrena, e também um alimento que nos leva para a eternidade.

            Neste sentido, ao contemplarmos o coração aberto do Cristo com estes sinais, somos convidados como São João, como Maria Santíssima, como tantos discípulos, nos diversos séculos da história, a comtemplar o coração do Cristo aberto, exposto, como um sinal de refúgio e segurança.

O coração é a forma que dizemos o quanto nos aproximamos de Deus, nos dá um sinal de vitalidade, e a nossa vitalidade também é renovada à medida que nos aproximamos do coração do Senhor.

Por isso, eis um pedido que poderíamos fazer sempre, que o Senhor transforme o nosso coração, de acordo com o seu coração. Rezamos por isso: fazei o nosso coração semelhante ao vosso.

É necessário a transformação da nossa vida, na medida em que buscamos este refúgio no Senhor, contemplando a cada Eucaristia celebrada o mesmo mistério que São João e que outros comtemplaram naquele momento, da cruz do Senhor. 

Na Eucaristia, também como São João, somos convidados a recostar nossa cabeça no ombro de Jesus. É linda a imagem que temos deste evangelho quando  conta do momento em que o discípulo amado na última ceia, está do lado de Cristo, e pôde escutar o pulsar do Coração do Senhor. 

            Esta imagem podemos guardar neste dia para que ao escutarmos o Coração de Cristo, o nosso coração também tenha o mesmo ritmo. O ritmo Daquele que viveu entre nós, daquele que cumpriu sua missão, que morreu por todos e ressuscitou.

Que tenhamos sempre esta devoção, mas uma devoção que nos aproxima de tantos corações aflitos. Toda devoção, todo ato de fé que fazemos terá sentido quando também aproximamos o nosso coração de tantos corações que padecem. Eis uma resposta muito concreta, para que gestos de caridade que exercemos sejam gestos de carinho, atenção e amor para com aqueles que precisam.

Peçamos ao Sagrado Coração de Jesus neste dia, que nunca o abandonemos, que possamos perseverar na Santa Missa, na Eucaristia, para escutarmos o seu coração a pulsar por nós. Que perseveremos também na prática da caridade como expressão da eucaristia e perseveremos ainda na missão neste mundo, pois precisamos testemunhar a presença do Senhor.

Escrito por: Pe. Maurício