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HOMILIA NO DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR

HOMILIA NO DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR

 

            Queridos irmãos e irmãs, a liturgia do domingo de Ramos e da Paixão do Senhor já tem vários significados, a começar pelos Ramos que portamos em nossas mãos, como sinal de que cremos no Cristo, no ministério Daquele que em sua paixão, morte e ressurreição deu a esperança a humanidade. É desta forma que iniciamos a caminhada com o tríduo Pascal, nesse primeiro dia em que abrimos na semana santa tudo que celebraremos essa semana.

Também, de acordo com a tradição, acabamos de ouvir no domingo que antecede a Páscoa o relato da Paixão, na versão de São Lucas. Ouviremos ainda nessa semana na sexta-feira Santa a versão segundo São João, mantendo assim uma comunhão muito profunda com o mistério da Paixão do Senhor, e escutando pelo menos ao longo desta semana, por duas vezes, o momento em que o Cristo sofreu a sua paixão e morte, culminando no domingo, dia da sua ressurreição.

            Na versão de São Lucas, é preciso parar um pouquinho e meditar sobre três frases pronunciadas por Jesus, a primeira frase é esta: Pai perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem. De alguma forma reflete em nós que em muitas ocasiões, não temos plena consciência do que fazemos diante do mistério da Cruz do Senhor, o negamos e o crucificamos, deixamos Ele como secundário e não o escolhemos como nosso Rei e Salvador, por isso também aplica-se a nós quando muitas vezes não sabemos o que fazemos.

            A segunda frase é uma frase dita a aquele ladrão arrependido, Dimas, quando este pede socorro dizendo: Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reinado. E Jesus diz: ainda hoje estarás comigo no paraíso. É o primeiro que acompanha o Cristo na vitória da sua cruz e ressurreição, é o primeiro a herdar a vida eterna, e o Senhor lembrou-se porque esse homem soube pedir socorro, e arrependido dos seus pecados pede clemência. Dessa forma, aplica-se a nós no hoje, no momento em que também somos convidados a reconhecer o quanto somos miseráveis e pecadores, para que um dia quem sabe também escutemos do Senhor: hoje estarás comigo no paraíso.

            Finalmente a última frase é o momento em que o Cristo padece a morte: Pai em tuas mãos eu entrego o meu espírito. É um rito de entrega ao Pai pela humanidade toda. O Senhor gritou por nós, e neste momento entregou-se e deixou para nós o memorial salvifíco porque morreu por toda a humanidade.

Percorramos na semana santa os caminhos do Senhor, com este firme propósito. Caminhamos com ele, e se padecemos tantos sofrimentos e desolações, tudo combinará na ressurreição, a promessa do Senhor do reino eterno, e na vida que se conjuga, inclusive nas várias expressões de caridade entre nós cristãos e com aqueles que mais precisam.

Escrito por: Pe. Maurício Gomes dos Anjos