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HOMILIA NA VIGÍLIA PASCAL

HOMILIA NA VIGÍLIA PASCAL

            Queridos irmãos e irmãs, que alegria podermos participar desta vigília pascal, no momento sublime do nosso tríduo. Desde quinta-feira, ao celebrarmos a ceia do Senhor, estávamos intimamente ligados ao mistério central da nossa fé, onde ontem, sexta-feira, no mistério da cruz de Cristo, mergulhamos profundamente no sinal permanente da aliança do Senhor para conosco.

            E neste ápice, na mãe de todas as vigílias, a vigília pascal, quatro elementos naturais se apresentam. Em primeiro lugar o fogo, como este sinal da luz que resplandece, e ficará resplandecente durante todo o nosso tempo pascal, e depois como luz permanente junto a pia batismal, para que aqueles que serão batizados sejam inundados da luz do Cristo, o Cristo ressuscitado. O círio pascal é a expressão dessa luz, de um fogo que não deve se apagar, do fogo do Espírito que também habita em nós.

No segundo momento ouvimos algumas leituras que a Igreja propõe em uma vigília completa de nove leituras, fizemos a opção de cinco, ainda em uma opção mais breve de vigília, porque estamos em pandemia. E assim pudemos experimentar em cada leitura o outro elemento, o ar, o quanto a vida nova é também é sopro de vida em nós, desde o momento em que Deus possibilitou a vida ao ser humano, salvou os filhos de Israel, passando assim pelo mar vermelho, retirando-os da escravidão, e Deus continua providenciando essa luz verdadeira que é Jesus Cristo.

Daqui a pouco, entraremos no terceiro elemento natural: a água. Para isso teremos a apresentação dos que foram eleitos para os sacramentos nesta vigília pascal. A água como sinal de vida, a água que nos purifica, a água que nos regenera. Na própria bênção da água que ouviremos logo mais, retomaremos as águas batismais do antigo testamento, prefigurativas da água do batismo de Cristo.

            Finalmente, o ponto mais alto da nossa vigília se apresenta no elemento terra. Quando tomarei o pão e o vinho e apresentarei a Deus como oferta agradável, e pela nossa experiência profunda sabemos que por meio desta apresentação e da ação de graças que dirigimos a Deus, acontece o milagre da transubstanciação no corpo e no sangue do Senhor.

Por isso, esses quatro elementos naturais estão presentes hoje nesta vigília, mãe de todas as vigílias, cada sinal, cada elemento, com certeza já adquiriu um significado para mostrar o Cristo resplandecente, que vence as trevas, venceu a morte e ressuscitou.

Como é bonita nossa experiência, estamos em uma comunhão profunda com Cristo: no dia da instituição da eucaristia, de mantermos o nosso olhar na cruz de Cristo, como ontem tínhamos este olhar, com tantas pessoas na celebração das 15 horas e na caminhada da Via Sacra. Sobretudo hoje, perseverando, porque não celebramos somente a morte de Cristo, para nós o mistério é Pascal, o Cristo que venceu a morte e ressuscitou, e esta é nossa verdade de fé.

            Cremos no Cristo vencedor que venceu as trevas e nos dá luz, a luz da salvação. Acolhamos o Cristo, que esta noite santa, tem invadido nosso coração para sermos protagonistas de uma nova evangelização, tão necessária nesses tempos de pandemia.

Escrito por: Pe. Maurício Gomes dos Anjos