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Mt 16, 13-19

Chegando ao território de Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou a seus discípulos: No dizer do povo, quem é o Filho do Homem?

14Responderam: Uns dizem que é João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas.

15Disse-lhes Jesus: E vós quem dizeis que eu sou?

16Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!

17Jesus então lhe disse: Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus.

18E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

19Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.


Homilia do dia 02.07.2017 às 10:30h – Solenidade de São Paulo e São Pedro

                   A grande Solenidade do dia de São Pedro e São Paulo vivida por todos nós neste domingo remete-nos a um tema fundamental para a vida da Igreja, a unidade! Desde o princípio quando o próprio Jesus suscitou no coração destes apóstolos o desejo de pertença a Ele, inspirou também para que eles pudessem ser elo de comunhão entre a Igreja nascente. É neste sentido que por diferentes caminhos os dois congregaram na unidade uma única Fé, a Fé no Cristo Ressuscitado. E nós hoje, como desde o princípio, veneramos a São Pedro e São Paulo e, os dois recebem a mesma veneração, no mesmo dia, para que assim congreguemos em torno destas duas colunas fundamentais da Igreja.

                  Para nós, católicos, o sentido da veneração de um santo, especialmente hoje na veneração de São Pedro e São Paulo, remete-nos ao princípio de que estes, para nós, tornaram-se modelos de cristãos verdadeiros. Assim veneramos a imagem ou a vida destes que por diferentes meios, como já salientei, mas até mesmo por exemplos diferentes congregaram na unidade da Fé a própria pertença a Cristo.

                  Tomemos o exemplo de cada um destes apóstolos do Senhor e, de uma maneira muito simples, singela na vida de cada um deles, procuremos até imitá-los no exemplo que eles têm a nos deixar.

                  Neste sentido tomemos o exemplo de São Pedro o primeiro ou o chamado “apóstolo da primeira hora”. Fez parte do grupo dos doze discípulos. E desde o início o próprio Senhor olhava para Pedro e sentia que ele seria o elo de comunhão entre os outros.

                  Na Sagrada Escritura há considerações dos encontros que aconteceram entre Jesus e Pedro e, várias vezes, Jesus olhando para Pedro e estimulando para que pudesse unir os outros discípulos. De maneira que mesmo ele tendo sido tão frágil e tivesse negado o Senhor poucas horas antes da condenação e morte de Cristo, na verdade, o Senhor continuou escolhendo a Pedro. E depois, conforme escutamos no Santo Evangelho, confirma a sua Fé numa das aparições do Cristo Ressuscitado aos seus discípulos.

                  Da mesma forma, Pedro já havia sido confirmado com este princípio do Evangelho que acabamos de ouvir de Mateus, na região de Cesaréia de Filipe. E aqui, nesta parte do Santo Evangelho encontramos o que a Igreja, assim o tem, como primado de Pedro, ou seja, ele foi escolhido. E quando o Senhor olhou para ele, depois desta resposta de Fé, ele diz: “Tu és o Messias o Filho do Deus vivo”. Jesus dá a ele a pedra fundamental da sua Igreja. “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no Céu”, por isso eu te digo, eis a mudança do nome, “Tu és Pedro”. De Simão passa a ser Simão Pedro. Pedro lembra pedra e sobre esta pedra, unidade fundamental, construirei a minha Igreja e não haverá poder neste mundo para vencê-la.”

                   É por isso que estamos nos dias e nos tempos atuais congregando em torno da Igreja de Cristo, porque não há poder humano, poder do inferno que vença o poder da Igreja. Desde o princípio o Senhor nos garantiu, por meio dos seus legítimos sucessores, uma unidade fundamental. E Pedro para nós foi sinal desta unidade.

                   Paulo conhece o Senhor por outro caminho, o caminho que tantas vezes alcançamos neste mundo, porque também, como Paulo, fazemos a experiência do Cristo da Fé. Ele era perseguidor do Senhor, era alguém que não aceitava o Cristianismo de modo algum. Mas no caminho a Damasco o Senhor revelou-se a Paulo, inclusive há também uma mudança de nome: “Saulo, Saulo, porque me persegues?” E a partir de então ele encontra-se com o Cristo, torna-se Paulo, muda-se o nome, porque se torna evangelizador e anunciador da Boa Nova.

                   São diferentes os caminhos, contudo, eles congregaram uma única Fé. Por isso, se a Pedro devemos tanto a unidade em torno dos primeiro discípulos, a Paulo devemos a propagação da Fé e a Evangelização, por viagens apostólicas relatadas historicamente, por cartas que comumente lemos nas Sagradas Escrituras, mas principalmente pelo seu testemunho de Fé.

                    Há três modos que precisamos guardar destes discípulos e que precisamos sempre estar unidos a eles. A Oração constante; o testemunho de Fé e a Fidelidade a Cristo até o fim.

                    Oração constante, porque na primeira leitura nos foi relatado que pela força da oração da igreja, Pedro foi libertado da prisão. Quando falamos do testemunho destes, percebemos no testamento de São Paulo na segunda leitura, o modo como ele tem consigo a missão: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a Fé. Agora está reservada a coroa da justiça”, que receberá Paulo porque o justo juiz, que é Deus, lhe dará. Mas dará também aqueles que seguirão os ensinamentos de Paulo. Portanto, o testemunho no testamento de São Paulo leva-nos e nos inspira a uma fidelidade ao Senhor até o fim.

                    São Pedro e São Paulo foram fiéis até o fim, data-se mais ou menos entre o ano 64, 67 o martírio destes dois, não aconteceu no mesmo dia. Mas porque a Igreja assim celebra no mesmo dia o martírio destas colunas da Igreja? Porque desde o princípio recebem igual veneração porque se tornaram elo de comunhão e unidade fundamental para a Igreja.

                     Hoje a imagem de São Pedro e São Paulo encontra-se visivelmente no mundo por meio do Papa Francisco. Por isso rezamos hoje pelo Papa, porque ele congrega uma unidade fundamental da Igreja, é o vigário de Cristo, é o sinal visível de Cristo aqui na terra. E como não dizer estas palavras diante de um Papa tão amado e, na verdade, hoje tão reverenciado inclusive por outros meios que não são católicos, mas sabem da importância que tem este discípulo de Cristo, apóstolo do Senhor e escolhido para ser o sinal e hoje sucessor de São Pedro e São Paulo.

                     Rezemos incansavelmente pelo Papa, pois é desta forma que estaremos sempre unidos. Testemunhemos a nossa Fé e sejamos fiéis como estes apóstolos foram fiéis até o fim.

 

Este texto foi transcrito, com algumas adaptações, da homilia proferida pelo Pe. Maurício na missa das 10:30h do dia 02/07/2017. Não passou por uma revisão gramatical e ortográfica profunda, mantendo a linguagem coloquial original

Escrito por: Pe. Maurício